[...] Harry foi para o seu quarto na ponta dos pés, se esgueirou para dentro, fechou a porta e se virou para cair na cama.
O problema foi que já havia alguém sentado nela.
Harry conseguiu não gritar, mas foi por pouco. A criaturinha em sua cama tinha orelhas grandes como as de um morcego e olhos esbugalhados e verdes do tamanho de bolas de tênis. Harry percebeu na mesma hora que era aquilo que andara observando na sebe do jardim àquela manhã.
Enquanto se entreolhavam, Harry ouviu a voz de Duda no hall.
- Posso guardar os seus casacos, Sr. e Sra. Mason?
A criatura escorregou da cama e fez uma reverência tão exagerada que seu nariz, comprido e fino, encostou no tapete. Harry reparou que ela vestia uma coisa parecida com uma fronha velha, com fendas para enfiar as pernas e os braços.
- Ah.. alô - cumprimentou Harry nervoso.
- Harry Potter! - exclamou a criatura com uma voz esganiçada que Harry teve certeza que seria ouvida no andar debaixo. - Há tanto tempo que Dobby quer conhecê-lo, meu senhor... É uma grande honra...
- Ob-brigado - respondeu Harry, andando encostado à parede para se largar na cadeira da escrivaninha, perto de Edwiges, que dormia em sua gaiola espaçosa. Teve vontade de perguntar "Que coisa é você?", mas achou que poderia parecer muito mal-educado, e em vez disso perguntou: - Quem é você?
- Dobby, meu senhor. Apenas Dobby. Dobby o elfo doméstico - disse a criatura.
Harry Potter e a Câmara Secreta, páginas 16 e 17.
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