quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Pegue um frasco, colha nosso trecho e vá até a penseira. Reflita sobre as boas lembranças dessa saga mágica.

  [...] O silêncio e a imobilidade, interrompidos apenas por um raro grunhido ou fungada de um retrato adormecido, eram insuportáveis. Se o ambiente pudesse ter refletido os sentimentos que o dominavam, os quadros estariam gritando de dor. Ele andou pelo escritório silencioso e belo, respirando depressa, tentando não pensar. Mas precisava pensar... não tinha saída...
  Era sua culpa que Sirius tivesse morrido; inteiramente sua culpa. Se ele, Harry, não tivesse sido burro de cair na esparrela de Voldemort, se não estivesse tão convencido de que o que vira em um sonho era real, se ao menos tivesse aberto a mente à possibilidade de que Voldemort, conforme dissera Hermione, estivesse apostando no prazer de Harry de bancar o herói...
  Era insuportável, ele não pensaria no assunto, não conseguiria suportar... havia um vazio terrível em seu peito que ele não queria sentir nem examinar, um buraco negro em que Sirius estivera, em que Sirius desaparecera; ele não queria ter de ficar sozinho com aquele enorme espaço silencioso, não conseguiria suportar...


Harry Potter e a Ordem da Fênix, A profecia perdida, página 663. 

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